Set 07

Contra os comentadores, marchar!

Depois do ataque de Jerónimo de Sousa aos comentadores na Festa do Avante, reparo que hoje foi a vez de um ilustre deputado do PSD, e do Algarve, denunciar a opinião crítica face aos ilustres governantes que nos regem, acusando quem não os aplaude de usar da tolerância zero. Para mim, o que tem havido é falta de uma mais viva oposição, para que ela não caia na rua.

Set 07

Discutir os novos deuses, as velhas pátrias, as antigas constituições

Para os devidos efeitos, confesso que, por não poder ter partido, estou condenado a ser comentador político e que não divido o mundo entre os que são adeptos de Mendes Bota e os que foram à Festa do Avante, porque tanto não tenho tolerância zero face ao presente governamentalismo, como também não divido o mundo entre amigos e inimigos.

 

Prefiro continuar a discutir os novos deuses, as velhas pátrias, as antigas constituições e os eternos impostos contra a família e os indivíduos. Se reconheço como excelentes os economistas que nos presidencializam, primo-ministerializam e ministerializam, tenho dúvidas e até me costumo enganar. Daí que não goste de ser enrolado pelos que fingem que há previsões e cenários sobre o princípio do fim, quando ainda estamos no mero fim do princípio e continua a faltar que, nos princípios, estejam os verdadeiros fins!

 

Problemas económicos e financeiros como os desta encruzilhada só se resolvem com medidas económicas e financeiras. Mas não apenas com as medidas económicas e financeiras de um memorando negociado por Sócrates, face à coacção das circunstâncias e a reserva mental dos que assinaram o texto. Tenho a ilusão de acreditar que, a partir de segunda-feira, o novo líder do PS pós-socrático poderá ter várias reuniões com o chefe do governo sem exigir a presença de testemunhas, para que não se reduza o consenso dos tais 85%, que são qualitativamente melhores que o absolutismo curto da mera aritmética parlamentar.

 

Daí detestar que alguns activistas da teatrocracia exagerem nos argumentos de rábula, os tais que podem gastar-se pelo mau uso e transformar-se em caricatura, quando for inevitável uma adequada maioria constitucional. Já conheci muitos desses excelentes que, depois de desusados, passam a prostituir-se pelo abuso do espectáculo.

 

Como sempre fui céptico face aos programas que estão na base deste governo, continuo entusiasta face aos velhos princípios liberais, que estão à esquerda do PPE e à direita do socialismo europeu. Prefiro recordar que, para vencermos o Adamastor, sem morrermos na volta, é inevitável a geometria política e social de um acordo de regime, para que nenhum piloto do futuro tenha a amargura de poder ser o coveiro do regime.

Set 07

Farpas

Para os devidos efeitos, confesso que, por não poder ter partido, estou condenado a ser comentador político e que não divido o mundo entre os que são adeptos de Mendes Bota e os que foram à Festa do Avante, porque tanto não tenho tolerância zero face ao presente governamentalismo, como também não divido o mundo entre amigos e inimigos.

 

Prefiro continuar a discutir os novos deuses, as velhas pátrias, as antigas constituições e os eternos impostos contra a família e os indivíduos. Se reconheço como excelentes os economistas que nos presidencializam, primo-ministerializam e ministerializam, tenho dúvidas e até me costumo enganar. Daí que não goste de ser enrolado pelos que fingem que há previsões e cenários sobre o princípio do fim, quando ainda estamos no mero fim do princípio e continua a faltar que, nos princípios, estejam os verdadeiros fins!

 

Problemas económicos e financeiros como os desta encruzilhada só se resolvem com medidas económicas e financeiras. Mas não apenas com as medidas económicas e financeiras de um memorando negociado por Sócrates, face à coacção das circunstâncias e a reserva mental dos que assinaram o texto. Tenho a ilusão de acreditar que, a partir de segunda-feira, o novo líder do PS pós-socrático poderá ter várias reuniões com o chefe do governo sem exigir a presença de testemunhas, para que não se reduza o consenso dos tais 85%, que são qualitativamente melhores que o absolutismo curto da mera aritmética parlamentar.

 

Daí detestar que alguns activistas da teatrocracia exagerem nos argumentos de rábula, os tais que podem gastar-se pelo mau uso e transformar-se em caricatura, quando for inevitável uma adequaada maioria constitucional. Já conheci muitos desses excelentes que, depois de desusados, passam a prostituir-se pelo abuso do espectáculo.

 

Como sempre fui céptico face aos programas que estão na base deste governo, continuo entusiasta face aos velhos princípios liberais, que estão à esquerda do PPE e à direita do socialismo europeu. Prefiro recordar que, para vencermos o Adamastor, sem morrermos na volta, é inevitável a geometria política e social de um acordo de regime, para que nenhum piloto do futuro tenha a amargura de poder ser o coveiro do regime.