Há muitas décadas, há muitos séculos, que os verdadeiros teóricos da política, os que pensam a prática, sofrendo o mal, inventariaram as categorias do despotismo democrático, do absolutismo democrático e, mais recentemente, da democracia totalitária. Nasceu sempre do mais baixo para o mais alto…quase sempre a partir do indiferentismo e da corrupção.
Contra a desordem instalada impõe-se a procura da ordem que seja subversão pela justiça. Quem todos os dias reprime apenas o faz, coitadinho, porque tem medo da justa revolta do reprimido. Mudar é não rebaixar os fins do poder, é pensar mais alto.
Ai de quem não diz que sim senhor, ao senhor director, ao senhor ministro, ao senhor rector, a qualquer senhor que se subscreva presidir ao coiso! Mesmo que seja para dizer que eles, muitas vezes, põem as ordens contra os regulamentos ou as circulares contra as leis, legislando sem obediência ao direito.
Por cá, neste reino cadaveroso, do pensar baixinho, como dizia Sérgio, continua o regime do chamado respeitinho por quem, todos os dias, falta ao respeito aos fins que o poder devia servir, sem que os detentores do dito, dele se servissem.
Tédio, apenas tédio. A AR-TV faz desfilar deputados “yuppies”do rotativismo, todos repetindo um politiquês quase anível das notícias sobre a preparação das equipas de futebol para o próximo jogo. Quem tirar o som pode confirmar a linguagem gestual da decadência… basta fingir que é gralha o apagar dos espaços.
A verdade tarda, mas nunca falha (Malangatana).
Alguns que não conhecem nem a verdade nem a honra são capazes de tudo, mesmo de fechar o olho sobre uma abelha (Malangatana)
Não abatam pássaros em voo, sobretudo quando mal saem dos ovos (Malangatana)
A viagem pelas honorárias começa a mostrar minhocas do PSD, mas acrescentadas com as do PS. E se passarem do BPN ao BPP, lá se vão todos os consensos do bloco central político, bem assentes nos pés de barro do bloco central de interesses.
Se alguma boa alma quiser amplas sugestões de investigação politológica quanto a matérias de privatização do público, poderemos começar por muitas zonas da própria universidade pública. Mas não aconselho a via, sobretudo para quem pretenda ser subsidiado… Bastava enumerar os grupos de interesse e os grupos de pressão…