Teoria da conspiração

O exercício da teoria da conspiração, a que costumam recorrer a extrema-direita e a extrema-esquerda, bem como os fundamentalismos religiosos, bem como os populismos de ocasião, de esquerda e de direita, tem-se também insinuado entre certo jornalismo sensacionalista da nossa praça, nomeadamente a pretexto da elaboração de listas de suspeitos de antinação, emitidas por várias redes de fantasmas e preconceitos, marcadas pelo fanatismo, a ignorância e a intolerância. Por outras palavras, a velha aliança de irmãos-inimigos que, quando no poder, coincidiram nos mesmos objectos de perseguição, supressão e extinção.  Bem me lembro de um cena que tive com um desses anjinhos ainda não decaídos que instrumentalizava o sistema conspiratório e que, posto por mim perante prova inequívoca, me respondeu com toda a candura maléfica: “é política, pá, é política”. O crime, neste e noutros casos, compensou e continua a compensar, graças aos inocentes úteis e os candidatos a intelectuais orgânicos, no desemprego, que receberam carreira, contrato, avença ou “outsourcing”

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