Farpas 22 de Janeiro de 2012

O Presidente da República foi vaiado este sábado à noite em Guimarães. Passos Coelho diz que os sacrifícios são para todos. Eu apenas gostei da aliança dos portucalenses com os catalães. Em nome de São Mamede.

Uma só declaração presidencial produziu imediata luta de invejas. O velho modelo da história que emerge quando as massas perdem a confiança no princípio da igualdade de oportunidades e os detentores do poder, como há vários governos, tentam instrumentalizar o “divide et impera”, no seu propagandismo barato de guerra aos coporativismos. A Karl Marx faltou-lhe esse capítulo, que é bem mais eficaz do que a luta de classes. Geralmente, perpetua o situacionismo.

A maior parte dos meus concidadãos no activo eleitoral deram maioria absoluta ao actual presidente. Sempre fiz parte da minoria, relativamente a Cavaco e aos cavaquismos. Por isso, considero que as críticas políticas não são o sinónimo de críticas à pessoa, mesmo quando quem a pessoa traz a vida pessoal e íntima para a praça pública, em discurso de átrio de Estado. Apenas estranho estes novos ares que quase clamam por chicotada psicológica. Presidente não é treinador descartável de clube de futebol.

Como diria o outro, o sueco assassinado, que era socialista e tudo, o problema da pobreza do nosso tempo não está em acabarmos com os ricos, mas antes em acabarmos com os pobres, principalmente com a pobreza, e com quem nos manda empobrecer a todos, para que alguns enriqueçam à custa disso.

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