Frapas 26 de Janeiro de 2011

Preparando a minha intervenção neste colóquio. Onde vou procurar demonstrar que a regeneração do Estado enquanto república, depois do vintismo e do cartismo, gerou escolas de quadros, onde a técnica estava ao serviço de uma estratégia nacional, visando o racional-normativo, onde os idealistas sempre foram os mais práticos, isto com os olhos no sonho e os pés no chão. Até a minha universidade, quando era federação vinda da sociedade civil, foi assim gerada, antes de ceder à tentação de decretino. Ou o espaço que vai de Gomes Freire a Moses Bensabat Amzalak.

Subscrevo inteiramente o grito de revolta de Manuel Alegre: “É um acto contra a História e contra a cultura. É um acto anti-história e anti-cultura”. Nem cito o ministro que veio a microfone dizer que, depois, se reforçará o 10 de Junho. Também sou radicalmente intransigente nessas matérias de mínimos de identidade patriótica. Lamento os ditos monárquicos que vieram fazer campanha contra o 5 de Outubro e os ditos republicanos que subscreveram o preconceito de o 1º de Dezembro ser dos monárquicos. Acabaram ambos alvarizados.

Acabei de prestar um depoimento à TSF sobre esta decisão do Governo. Apenas apelei a uma adequada revolta dos senhores deputados, em nome da comunidade das coisas que se amam. É uma matéria de não-disciplina partidária e de fidelidade a valores maiores, em nome de uma lealdade básica. Há algemas que libertam.´

“Antes de eu ser de esquerda, ou de direita, já era da Pátria. A Pátria é a minha política”. Palavras de Passos Manuel, em carta dirigida a José da Silva Carvalho, em Novembro de 1836.

 

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