Há muitos Portugais, ao mesmo tempo, dentro de nós e à nossa volta

Há muitos Portugais, ao mesmo tempo, dentro de nós e à nossa volta. O do discurso do ministro Álvaro, em São Bento, e das farpas que ele decidiu cravar no PS, esse soa a esquizofrenia do país oficial. O da mensagem de Otelo e das reacções que, mesmo aqui, tivemos, carregado da alma que envolveu a minha história do presente tem a ver com outras funduras, as nossas, as que os financeiros das grandes consultadorias, das eurocracias e da geofinança nem sequer imaginam. Mas, como dizia o outro, há vinte e cinco séculos, para além da inteligência e da vontade, há outra potência da alma: a imaginação. E as nações todas são mistérios. Também a nossa, plenas desses nadas que são tudo. Ainda sou fiel ao sonho dos capitães de Abril que foram capitães de Novembro. Para bom compreendedor, está tudo dito.

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