Há momentos de encruzilhada em que compreendemos que se chegou ao fim da encruzilhada, encerrando-se livremente um ciclo de entrega a um certo conceito de instituição. Sobretudo, quando o doméstico e o serralho, disfarçados pelos tiques da sociedade de corte, se tornaram num inorgânico polvo que vai amarfanhando as instituições públicas. Não se trata de uma teia mafiosa, bandocrática ou corruptora, mas antes de uma federação de pequenas quintarolas de micro-autoritarismos e de personalizaçõezinhas de poder, com muitas guerrazinhas de homenzinhos que, invocando o nome do Estado em vão, se reproduzem viralmente em vindictas e pequenos clientelismos que se alimentam da energia da luta de invejas e de espasmos…